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A maior biorrefinaria de etanol de grãos está em Sinop

Publicado em 14 de Setembro de 2024 ás 14h 16min

Nos últimos 50 anos, Sinop se consolidou como a capital do Norte de Mato Grosso, considerada a região líder no agronegócio do país, o que chamou a atenção de diversas empresas que viram no local uma oportunidade de expansão. Foi assim que a Inpasa, em 2017, fixou as raízes de sua primeira planta em solo brasileiro. 

A bioindústria de origem paraguaia começou suas atividades na capital do Nortão de maneira modesta, produzindo 1,7 milhões de litros de etanol por dia. Mesmo com a expansão da Inpasa para cinco novas cidades brasileiras— Nova Mutum (MT), Dourados (MS), Sidrolândia (MS), Balsas (MA) e o recém-lançado projeto de Luís Eduardo Magalhães (BA) — a unidade de Sinop não ficou para trás. Em 2021, a planta dobrou sua produção com 3 milhões de litros em sua segunda fase diversificando o seu portfólio de produtos. 

Após duas ampliações, em 2024, a unidade se tornou a maior biorrefinaria do mundo, com capacidade de produção de 6 milhões de litros de etanol por dia, processando cerca de 4,6 milhões de toneladas de milho de segunda safra. Somado a isso, uma produção de 1 milhão de toneladas de DDGS (proteína de alto valor agregado), 105 mil toneladas de óleo e 804,1 GWh de bioeletricidade. 

O etanol de grãos, produzido principalmente a partir do milho, impactou significativamente a agricultura da região. Antes, grande parte do cereal Norte Mato-grossense era exportado e a segunda safra ainda era pequena. Com a implantação da indústria e o processamento em grande escala, os produtores passaram a ter maior liquidez da safra e estímulo à tecnificação do campo. “Isso gerou uma nova perspectiva aos agricultores e alavancou também o desenvolvimento da cidade, com impactos em todos os setores econômicos,” destacou o presidente da companhia, José Odvar Lopes. 

“Em Santa Carmem, em uma safra, colhemos em torno de 300 mil sacas por ano. Eu tenho espaço para armazenagem na fazenda, mas precisava tirar a soja para guardar o milho. Antes da Inpasa, vendíamos no mercado disponível, às vezes para a Conab ou exportávamos, mas os preços eram bem aquém do que praticamos agora. Com a chegada da indústria, conseguimos agregar valor ao nosso produto,” comenta Invaldo Weis, produtor local. 

Recebendo cerca de 400 caminhões por dia, à época, o cenário da logística e a demanda por serviços estimulou a criação de inúmeros outros negócios. Mesmo em meio à pandemia e na contramão de outras partes do país, Sinop continuou crescendo. “A cadeia de suprimentos e os fornecedores locais aproveitaram o fluxo; havia demanda de matérias-primas, insumos e de pessoas vindas de todas as partes do Brasil para ocupar as vagas que foram abertas,” conta o vice-presidente, Rafael Ranzolin. 

A alta disponibilidade de grãos fez com que a empresa investisse no armazenamento, comportando até 1,6 milhões de toneladas de milho, sendo que hoje a Inpasa chega a receber 900 caminhões por dia de matérias-primas. Atrelado à logística de caminhões, também vieram outros modais, como a ferrovia, hidrovia, dutos e marítimo, permitindo o escoamento da produção para todo o Brasil e cinco continentes. 

Atualmente, a planta de Sinop produz um dos combustíveis mais eficientes do mundo, capaz de reduzir cerca de 90% as emissões de gás carbônico. A empresa também é pioneira na produção de DDGS Inpasa (Distiller's Dried Grains with Solubles), exclusivo da companhia - contendo 32% de proteína bruta, rico em energia e macro e microminerais, ideal para dietas de alto desempenho para diversas espécies, categorias e sistemas de produção.  Além disso, a companhia já conta com um portfólio de óleos vegetais para biocombustíveis, indústrias alimentícias, químicas, agricultura e outros segmentos.  

 

Sustentabilidade 

 Autossuficiente em energia elétrica por meio de duas fontes renováveis, a empresa busca operar de forma ecoeficiente, refletindo seu compromisso com práticas sustentáveis. Dentre as atividades de destaque está a gestão de águas, efluentes e resíduos. Desde o início de suas operações, a planta utiliza estações de tratamento de efluentes e o uso de software para gestão de resíduos, promovendo uma abordagem circular e responsável em relação aos recursos hídricos.  

A descarbonização também é uma das pautas da empresa, considerada essencial para reduzir a pegada de carbono e o aquecimento global. Pelo seu compromisso, a companhia conquistou, durante três anos seguidos, o certificado Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, ciclo 2024, vinculado ao FGVces - Centro de Estudos em Sustentabilidade - que reconhece as empresas que inventariam e publicam sua emissão de gases de efeito estufa (GEE). O certificado marca o reconhecimento nacional e internacional e comprova o cumprimento de altos padrões de qualificação e transparência relacionados ao levantamento e contabilização das emissões de GEE. Outras certificações são: Renovabio, Halal, Kosher, BEA – Bem-Estar Animal.  

 

Feita por pessoas 

Para sustentar a dimensão da operação do negócio, a empresa teve que buscar mão de obra especializada. É importante lembrar que o etanol de cereais ainda era um assunto novo no Brasil alguns anos atrás. Sendo assim, poucos profissionais tinham a expertise para operar máquinas e equipamentos. Ou seja, a empresa precisou formar a mão de obra por meio da parceria com instituições de ensino locais. 

“Implementamos projetos de capacitação que favoreceram não somente a nossa indústria, mas toda a cidade. Também criamos turmas de educação para jovens e adultos, formando futuros colaboradores. Oferecemos cursos técnicos em diversas áreas e o programa Edupass, que dá descontos de até 70% em formações para os funcionários, além de incentivar aqueles que desejam concluir sua graduação”, ressalta o gerente corporativo de remuneração e benefícios, Nelson Saraiva Bisneto. 

No primeiro ano, antes mesmo de iniciar a produção, já havia um plano de saúde para os trabalhadores e um vale-alimentação com adicional de aniversário. A empresa implementou uma política consistente de remuneração e valorizando seus colaboradores. “Hoje, oferecemos todos os benefícios de uma grande empresa, incluindo plano de saúde, plano odontológico, vale-refeição, transporte e assistência psicológica, além de participação nos resultados”, reforçou o gestor. 

 

Responsabilidade social

Desde 2022, mais de 2 milhões de recursos foram repassados diretamente para instituições sem fins lucrativos ou em apoio a iniciativas de combate a violência doméstica, ao abuso e exploração sexual infantil, em apoio a comunidades em situação de vulnerabilidade, além de projetos de saúde e cidadania.

Por meio da Fundação José Lopes, também são realizados dois projetos que buscam a transformação de vidas de jovens, adolescentes e crianças. São projetos culturais, esportivos, educacionais, de fomento à inovação e empreendedorismo que atualmente contemplam cerca de 400 estudantes de escolas públicas. 

As atividades são realizadas no contraturno escolar e contribuem para o desenvolvimento integral dos estudantes. A companhia financia também o projeto "Vôlei na Base", lançado pela Associação Desportiva de Sinop (Adesin) para cerca de 200 crianças e jovens.

 


Fonte: Inpasa Brasil X

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